quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dener Panplona de Abreu

         Dener Pamplona de Abreu (Belém do Pará, 3 de agosto de 1936 — São Paulo, 9 de novembro de 1978) foi um estilista brasileiro, um dos pioneiros da moda no Brasil.

    Em 1945 sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a desenhar seus primeiros vestidos. Seu primeiro contato com a moda teve lugar em 1948, com apenas treze anos de idade, na Casa Canadá, então importante butique carioca.
Dois anos depois, em 1950, após fazer o vestido de debutante de Danuza Leão, foi contratado para um estágio com Ruth Silveira, dona de um importante ateliê, onde aprimorou seus desenhos. Em 1954 transferiu-se para São Paulo para trabalhar na butique Scarlett.
Três anos depois, inaugurou seu próprio ateliê, denominado Dener Alta-Costura, na praça da República. No ano seguinte ganhou dois prêmios por sua coleção, sendo descoberto pelos meios de comunicação. Seu ateliê foi então transferido para a avenida Paulista.
Em 1963, já prestigiado, foi escolhido o estilista oficial da primeira-dama da República, Maria Teresa Fontela, esposa de João Goulart. Era também amigo da primeira-dama, que disse sobre ele: Dener foi muito importante nesta minha vida, a pública, porque a gente pode pensar que não é, mas postura é uma coisa importante.
Dener casou-se em 1965 com Maria Stella Splendore, uma de suas manequins (como se chamavam à época as modelos de passarela), de quem se separaria quatro anos mais tarde. Teve dois filhos do casamento, Frederico Augusto (morto em 1992) e Maria Leopoldina, que em 2007 morava com a mãe numa comunidade hare krishna no interior de São Paulo.
Em 1968, fundou a "Dener Difusão Industrial de Moda", considerada a primeira grife de moda criada no Brasil. Em 1970 foi convidado a participar do júri do "Programa Flávio Cavalcanti". Dois anos depois lança sua autobiografia, Dener - o luxo, e o livro Curso Básico de Corte e Costura.
Em 1975 casou-se novamente, desta vez com uma cliente, Vera Helena Camargo, separando-se em 1977.
Seus problemas com o alcoolismo agravaram-se em 1978, morrendo em 9 de novembro do mesmo ano em decorrência de uma cirrose hepática.
A vida de Dener é contada em dois livros biográficos, O Bordado da Fama - Uma Biografia de Dener (de Carlos Dória, editora Senac) e A Ópera de Dener (de Maria Doria, não editado). Apesar do nome de família em comum, os escritores não são parentes.
Dener também escreveu uma autobiografia, intitulada Dener - o luxo, editada pela editora Laudes, do Rio de Janeiro, em 1972. O livro foi relançado pela editora Cosac Naify em agosto de 2007.


Essas são suas frases mais famosas:


1. "Eu criei a moda brasileira, um estilo próprio, nosso, que fez com que as grandes senhoras do país não precisassem mais se vestir na Europa"


2. "Sou mais novo do que a minha importância e mais velho do que a minha aparência"

3. "A mulher chique fica bem com qualquer trapinho"

4. "A mulher elegante não é imitada porque aparece menos nas revistas (?), mas é quem lança a moda e faz os grandes costureiros"

5. "A mulher-luxo é capaz de superar o próprio conceito de elegância (?), é modelo de vida e de comportamento, que não lança a moda, mas a consagra"

6. "Eu gosto de gente, mas acho multidão sempre cafona. Multidão só é boa quando aplaude"

7. "Mulher bonita sem dinheiro só serve para menequim"

8. "É muito difícil para um esteta do meu nível, que precisa estar rodeado de pessoas bonitas, viver bem casado"

9. "A mulher realmente refinada se veste para si mesma. Até quando faz a maior faxina, está sempre arrumada"

10. "A realização do artista só vem no fim, com a sensação da morte".

É  importante para todos conheçer um puco da historia da  moda Brasileira...

Por hoje é isso.

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